Expectativa é que até 2023 o Parque Nacional do Iguaçu volte a receber dois milhões de visitantes do período pré-pandemia
O turismo de Foz do Iguaçu projeta chegar a marca anual de quatro milhões de visitantes até 2030. A meta leva em conta a renovação da concessão do Parque Nacional do Iguaçu, a abertura de novos atrativos e de polos nas cidades da região, a instalação de novas free shops e o novo impulso da administração no Aeroporto Internacional das Cataratas.
O Consórcio Novo PNI vai explorar o parque nos próximos 30 anos. Ele terá que investir R$ 500 milhões nos primeiros cinco anos. A expectativa é que a até 2023 a unidade de conservação volte a receber dois milhões de visitantes, o recorde de 2019, e que sofreu o impacto da pandemia em 2020 e 2021.
Duplicar a visitação do PNI não deixa de ser uma tarefa árdua. Desde 1999, o número de visitantes saltou de um pouco mais de 772 mil visitantes para dois milhões em 2019. Nos dois anos da pandemia, foram 658 mil visitantes em 2020 e 655 mil em 2020.
De 1999 para cá, se ampliou a divulgação do destino, com as Cataratas do Iguaçu como principal ativo. Um dos fatores, apontado pelos operadores para a escalada do turismo, está na criação de uma gestão integrada do setor. As ações para divulgar Foz do Iguaçu ganharam planejamento e alçaram o destino como um dos polos de maior visitação do Brasil.
A chefe do parque, Cibele Munhoz, disse que os desafios da nova concessão são do tamanho da sua magnitude – a maior no país e que será referência na exploração de outras unidades de conservação – e que da execução se espera novidades, além dos passeios às Cataratas do Iguaçu e do Macuco Safari. “Tem a adaptação de toda estrutura e operação com princípios de sustentabilidade” para atingir tal marca.
Lindeiros
Além de Foz do Iguaçu, que ampliará a arrecadação de impostos e a geração de empregos e rendas, o novo modelo de concessão deve atender outras cidades do entorno do parque com a abertura de novas atrações que vão além da sua área de visitação.
O prefeito Chico Brasileiro destaca a articulação dos prefeitos lindeiros e a atuação conjunta na licitação que culminou na concessão do parque. Foram garantidas, segundo Brasileiro, questões importantes como o passe comunidade e os 6% da arrecadação para a promoção e divulgação do destino.
“Estamos satisfeitos com o que foi previsto de investimentos, porque isso vai melhorar o destino e fazer com que possamos qualificar cada vez o parque e atrair ainda mais turistas”, afirmou.
Demanda
O presidente do Visit Iguassu e do Codefoz, Felipe Gonzalez, disse que o desafio atual é recuperar o movimento de turistas no período pré-pandemia. “Sempre trabalhamos com o grupo Cataratas no fortalecimento do fluxo de visitantes ao destino, e vamos potencializar as atividades promocionais com a meta de recuperar rapidamente dois milhões de visitantes, a demanda antes da pandemia”.
Segundo o presidente do Sindhotéis, Marcelo Martini, a nova concessão vai modernizar os serviços e trazer mais turistas para o destino que vão encontrar muito mais conforto dentro do parque. “A nova concessão vai permitir mais investimentos e isso vai dar um ganho significativo ao destino”.
Martini adiantou ainda que toda a rede hoteleira de Foz se modernizou com reformas e ampliações e a construção de novos empreendimentos na área. “Hoje, temos um parque hoteleiro que recebe todas as categorias de turistas. Desde aquele que vem com a família para passar alguns dias até para turistas que procuram o que classificam como alto padrão de conforto e atendimento e que vem a Foz nos eventos de negócios e para um período maior, de uma semana a 15 dias”, disse.
Fiscalização
O presidente da Câmara Municipal, Ney Patrício, disse que os vereadores vão acompanhar a execução do novo contrato de concessão e os prazos de investimentos. O legislativo coordenou a audiência pública sobre a proposta do governo para a exploração do parque, onde foram acatadas sugestões como a tarifa acessível para moradores lindeiros, bem como a aplicação de recursos para divulgação do destino no Brasil e exterior.
“É importante ressaltar que os vereadores, prefeitos, deputados e outros representantes que vão cobrar a prestação do serviço com excelência ao público e, sobretudo, para que o grupo vencedor execute os investimentos para Foz e região nos próximos anos, movimentando a economia”.
Foto: Christian Rizzi.