O Brasil abriga alguns dos ecossistemas mais diversos do planeta, e muitos deles podem ser explorados dentro de nossos Parques Nacionais. Cada unidade de conservação guarda não apenas paisagens exuberantes, mas também histórias, pesquisas científicas, espécies ameaçadas e experiências únicas para visitantes de todo o mundo. Da uma olhada nessa seleção de cinco parques que revelam a riqueza natural do país e mostram por que vale a pena incluí-los nos seus próximos planos de viagem.
1) Parque Nacional da Tijuca (RJ)
Localizado no coração do Rio de Janeiro, o Parque Nacional da Tijuca é reconhecido como uma das maiores florestas urbanas replantadas do mundo. Criado oficialmente em 1961, ele preserva um importante remanescente de Mata Atlântica em meio à cidade e oferece uma variedade de ambientes, como trilhas históricas, mirantes clássicos, além de cachoeiras refrescantes, como a Cascatinha Taunay. Vale lembrar que seus quase 4.000 hectares também abrigam uma fauna diversa, incluindo preguiças, mico-estrela e várias espécies de aves. É um refúgio natural acessível sem precisar deixar o perímetro urbano.

2) Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses (MA)
O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, com mais de 155 mil hectares abriga campos de dunas brancas que chegam a 40 metros de altura e lagoas cristalinas que se formam com as chuvas entre os meses de janeiro e junho. A combinação entre a areia fina, a água azul e o silêncio do deserto cria uma paisagem que parece de outro mundo. O parque também é habitat de espécies adaptadas às condições extremas, como o peixe “Mandi” que sobrevive enterrado na areia durante a seca.

3) Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (GO)
No meio Cerrado de altitude, a Chapada dos Veadeiros é um território de rochas com mais de um bilhão de anos, campos rupestres, veredas e cachoeiras icônicas, como a dos Saltos, do Garimpão e do Segredo. Criado em 1961 e hoje reconhecido como Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco, o parque é um laboratório vivo de biodiversidade, com espécies como o lobo-guará, o tamanduá-bandeira e inúmeras plantas endêmicas. As trilhas são também diversas e incluem circuitos de um dia, mirantes sobre cânions e poços perfeitos para banho. Alto Paraíso, São Jorge e Cavalcante compõem a região turística que apoia a visitação.

4) Parque Nacional do Jaú (AM)
Considerado uma das maiores áreas protegidas de floresta tropical úmida do planeta, o Parque Nacional do Jaú, no Amazonas, possui mais 2,3 milhões de ham milhões de hectares de mata praticamente intocada. Ele integra o conjunto de reservas declarado Patrimônio Natural da Humanidade e faz parte do maior corredor de conservação contínua da Amazônia. Remoto e acessível por barco, o Jaú é um mundo de rios de águas escuras, igarapés, espécies como o peixe-boi amazônico e o jacaré-açu, além de comunidades tradicionais que vivem na região.

5) Parque Nacional do Iguaçu (PR)
O Parque Nacional do Iguaçu, criado em 1939, é uma das unidades de conservação mais emblemáticas do Brasil. Com 185 mil hectares de Mata Atlântica preservada e mais de 300 mil hectares se considerados os dois lados da fronteira (Brasil e Argentina), ele forma um dos mais importantes corredores de biodiversidade do continente.
As Cataratas do Iguaçu
O parque abriga as Cataratas do Iguaçu, um conjunto com 275 quedas de água, distribuídas ao longo de quase 3 km do rio Iguaçu. Em alguns pontos, as quedas chegam a 80 metros de altura, criando uma parede d’água que impressiona visitantes do mundo inteiro. A famosa Garganta do Diabo, a maior e mais potente das quedas, é um espetáculo à parte: ali, o volume de água, o som, os respingos e a força do vento fazem o visitante sentir a natureza de um jeito quase visceral.
Desde 1986, o parque é reconhecido como Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco. Em 2011, as Cataratas foram eleitas como uma das Novas 7 Maravilhas da Natureza, reforçando seu status global.

O que o visitante encontra no lado brasileiro?
No lado brasileiro, o parque oferece uma experiência que privilegia a contemplação, permitindo visualizar o conjunto das quedas de maneira panorâmica. A trilha principal possui 1,2 km, com mirantes ao longo de todo o percurso, e termina na passarela da Garganta do Diabo, ponto em que o visitante literalmente se coloca frente a frente com a força da água.
Mas, além da trilha, o parque reúne uma série de experiências:
- Centro de Visitantes com exposição interativa, lojas e serviços e feirinha, especialmente em datas comemorativas
- Trilha do Poço Preto, que percorre 9 km em meio à mata, com opção de bike ou a pé.
- Trilha das Bananeiras: 1,3 Km a até as margens do Rio Iguaçu, onde está localizado o Espaço Taupá, com um deque que oferece uma vista privilegiada do rio que forma as Cataratas. O caminho pode ser realizado a pé e de bicicleta. Excelente para observação de fauna e aves.
- Passeio de barco do Macuco Safari, que leva até a base de algumas quedas.
- Circuito São João: Com 2,8 quilômetros de extensão, o percurso possui locais específicos para banho de rio e cachoeira e ontos histórico-culturais que contam a história do Parque Nacional do Iguaçu.
Amanhecer nas Cataratas e Pôr do Sol nas Cataratas: Momentos do dia para acompanhar o nascer ou o poente da luz do sol sob as quedas. - Céu das Cataratas: Experiência astronômica de observação noturna do cú estrelado e da lua cheia.


Fauna e flora: um laboratório vivo de Mata Atlântica
O Parque Nacional do Iguaçu preserva um dos maiores remanescentes de Mata Atlântica do país Ali, pesquisadores registram:
- Mais de 700 espécies de plantas terrestres
- Cerca de 400 espécies de aves
- 84 confirmado + 18 potenciais espécies de mamíferos, incluindo onça-pintada, puma, anta e queixada
- Inúmeras espécies de borboletas, algumas delas endêmicas
É também um dos poucos locais do Brasil onde ainda existe uma população reprodutiva de onça-pintada, preservada por programas contínuos de monitoramento e conservação, o Onças do Iguaçu.

Por que visitar?
Visitar o Parque Nacional do Iguaçu não é apenas ver uma paisagem bonita: é experimentar a força da natureza, conhecer um território protegido que abriga espécies ameaçadas e compreender como o turismo, quando bem conduzido, pode contribuir para a preservação ambiental.
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